MAYRA



O mundo é bem difícil, Mayra sabia muito bem disso e sempre foi bem iludida, amava a vida, mas, tinha depressão. Ela cantava as vezes e isso a ajudava bastante, não o suficiente, sua família fazendo pressão para ela trabalhar, nem um pouco delicado, ela se sentia vazia e tinha muitos medos, naquele momento, a única coisa que ela não queria fazer era trabalhar, as pressões sociais chegam e a sobrevivência começa a gritar. Sua mãe gritava muito e Mayra não queria estresse, apenas abaixava a cabeça e fingia estar escutando o conselho de uma mulher sábia entretanto, desapontada com sua existência, quando se envelhece e percebe o quanto não ter atingindo alguns dos seus sonhos de juventude te frustram, chegam as angústias e lamentações profundas, e a vida de certo modo te desaponta, meio que você percebe que não é o centro dela.
            O quarto de Mayra era incrível, era um pouco pequeno na verdade, mas, todos os  móveis estava posicionado precisamente em cada lugar, pense em um quadrado, no lado superior direito, estava sua cama, básica e fofa, na parede que ligava o lado superior direito ao lado superior esquerdo, estava a janela, abria pouco no entanto, a luz do sol e as vezes da lua, que basicamente é a luz do sol, passava de uma forma atraente pela fresta daquela janela. Na parede em que liga o quadrado do ponto superior esquerdo ao lado inferior esquerdo, havia uma estante de livro, uma junção de madeira velhas que seu pai, transformou em uma estante para livro, por sua vez estava cheio, Dom Quixote, A Divina Comédia de Dante, Em Busca Do Tempo Perdido, Crime e Castigo e alguns outros livros que pouquíssimas pessoas sociáveis leriam, em cima da estante havia um rádio bem antigo, ainda assim com uma entrada para pen-drive. A parede que ligava o lado inferior esquerdo ao lado inferior direito havia um guarda roupa, o meio era um imenso vazio que a luz do sol se sobreponha.
            O Pen drive de Mayra é algo exclusivo, neste dia ela quis mostrar o Terno rei, as músicas tocavam belamente, ela no meio do seu quarto dançando e cantando fracamente

“Pode crer, pode crer, pode crer
Vou me levantar
Seu olhar, seu olhar, seu olhar
Foi me dominou
Quem será, quem será que bate a porta à essas horas?
Esperei tanto, tanto pela sua ligação”

Mayra amou pouco, na real ela não se lembrava da ultima pessoa que realmente amou, ela tinha um circulo social grande e as suas amigas amavam sair, ela estava lá por obrigação, fingia um sorriso e ficava pensando nas musicas que ela gostava que jamais tocariam ali, roles não aceitam músicas paradas ou quiçá calmas, o seu quarto era seu lugar, seus passos leves e macio em um compasso magnifico deixava aquele lugar luxuoso. Ela não tinha nenhum computador, seu celular era aceitável, abria o Youtube, Facebook e as vezes o Twitter, graça ao Youtube ela sabia que seu nome significava heroína mítica ou em alguns vídeos francesa, ela gostava dessa mística toda e sempre que lembrava disso sorria, era um nome Tupi e isso dava a ela uma grande brasilidade, o brasil não a amava, talvez a pátria brasileira não amasse ninguém.
            Em alguns dias ela apareceu morta, penso que ela descobriu que é sensível e não percebeu que a vida é muito boa em machucar, seu quarto estava vermelho, líquido, sua mãe não acreditou, novamente a vida a decepcionou, o pai manteve sua postura de ser alguém forte, inabalável, por dentro acabadíssimo, no fim sua estante não serviu de nada, além de ser um bom apoio para o rádio que estava com o Pen drive.    

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