Três Momento, Uma Vida
O caos do mundo em uma
questão ética, dei risada pois percebi quão ingênua era aquela garota, com um
belo vestido vermelho, gritando alto: “o caos do mundo em uma questão ética”
Sorria jovens com medo de
coisas frívolas, gritou novamente a moça ingênua, ou seria eu, a pessoa ingênua
desse mundo? A dúvida chegou até mim, não sorri.
Ela foi embora e eu
voltei a sorrir, ninguém deu bola para ela gritando que a moral cívica do mundo
estava em torno de um cachorro preto de olhos azuis, ingênua ela ou eu, a vida
continuou com seu teatro mágico que estava em chamas.
Criança
Uma criança morreu semana
passada, vi isso em um jornal que passava na tevê, me comoveu um pouco porquê
uma criança não vai conseguir sentir a angustia de estar viva, a criança que
morreu tinha 1 ano, com 1 ano tu ainda não sentiu a angustia da vida, levantei
e acendi a luz, meu quarto estava escuro e a escuridão me lembra uma mulher com
uma espada de fogo em cima de um alce. Havia um ventilador ligado e três
motivos para aproveitar a vida; jogos virtuais, relações sócias e um cigarro
que sempre está próximo do filtro. Dei três beijos na pessoa amada e pensei em
como receber a imortalidade sublime de versos ruins, ofereci ao meu corpo uma
trinca de hausto e lacrimejei pela criança que jamais conseguirá sentir a
angustia da vida.
Mala Preta
A mala preta estava cheia de coisas que minha consciência não consegue imaginar, pensei que poderia haver roupas e sutilezas de uma alma gentil, certamente que nada disso estaria na mala preta. Me vi na necessidade de abrir a maldita mala, lutei contra o meu desejo e percebi que a vida é um zíper lindo, precisamente rabiscado em uma mala preta cheia de imaginação.
E
Uma briga de cachorros
mudos, uma vaga música em meu cérebro que lembra Jazz, na verdade um sertanejo
2015 misturado com um eletro-funk, rabisquei um caderno com anotações antigas e
vi fortemente uma lembrança da infância, senti medo e desânimo com quase tudo
que a vida pode me oferecer, minha cabeça doía e sentia fúria por causa de
papel que nem faz parte de mim, raparei meu quarto pequeno e
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